Chineses demonstram interesse em investir no Ceará

22 de junho de 2016 - 18:58

Chineses demonstram interesse em investir no Ceará

Representantes da embaixada da China no Brasil estiveram em Fortaleza conhecendo o potencial de pesquisa e da indústria do Estado.

Com o objetivo de prospectar uma maior cooperação entre Brasil e China em termos de atração de empresas chinesas para o Ceará, esteve em Fortaleza o Conselheiro para Assuntos de Ciência e Tecnologia da Embaixada da China no Brasil, Mo Hongjun, e o terceiro secretário da embaixada, Wang Lei. Eles vieram a convite do secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Inácio Arruda, que fez questão de mostrar todo o potencial do Estado, tanto na área de pesquisa, como no setor industrial. “A nossa ideia é apresentar aos chineses a nossa capacidade instalada para atrair empresas de tecnologia”, disse Inácio, acrescentando a necessidade do governo do Estado de investir fortemente no setor de TI.

No primeiro dia da visita, a delegação chinesa conheceu os laboratórios da Embrapa Agroindústria Tropical, do Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec) e o Laboratório de Soldagem da Universidade Federal do Ceará, todos funcionando com uma estrutura de equipamentos e de recursos humanos altamente especializados, e com interesse em celebrar parcerias internacionais. Uma possibilidade de acordo de cooperação, segundo o secretário Mo Hongjun, seria com a Academia de Ciências Agrícolas da China, que tem interesse de trabalhar, de forma sustentável, na pesquisa de produção orgânica de alimentos funcionais e de plantas medicinais.

No segundo dia da visita, a delegação chinesa conheceu a Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE), localizada no Pecém. Sempre acompanhados do secretário Inácio Arruda, os chineses foram recebidos pelos diretores Roberto Benevides de Castro e Antônio Ubiratan Teixeira Moreira. O Brasil possui 22 projetos em ZPE, mas a única que já é uma realidade é a do Ceará. A ZPE é um distrito industrial incentivado, no qual as indústrias nele localizadas operam com benefícios tributários, cambiais e administrativos. Já estão instaladas na ZPE Ceará a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a Vale Pecém, a White Martins e a Phoenix do Brasil.

A comitiva percorreu as instalações da CSP, uma área de 998 hectares. As operações foram iniciadas no primeiro semestre de 2016, já tendo produzido a primeira placa de aço. A produção/ano será de 3 milhões de toneladas de placas de aço.

Depois da siderúrgica foi feita uma visita guiada ao Porto do Pecém, onde os representantes da embaixada da China conheceram toda a estrutura, inclusive as obras de segunda expansão, que já apresentam mais de 90% de avanço. Inaugurado em 2002, o porto do Pecém está entre os melhores do país e tem uma localização privilegiada por ser o mais próximo da Europa, dos Estados Unidos da América e do Canal do Panamá.

As obras de instalação da nova unidade da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará, no Polo Industrial e Tecnológico da Saúde, localizado no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi também visitada pela delegação chinesa. O espaço funcionará com laboratórios e salas de aula, e a primeira etapa deverá ser inaugurada em julho de 2016. Quando totalmente concluído, será uma referência no Brasil como polo de saúde, de ensino, de pesquisa, e de produção de vacinas e medicamentos.

Os chineses tiveram uma impressão muito positiva do que vem sendo feito realizado no Ceará no setor de pesquisa e no área industrial e se dispuseram a estudar as muitas possibilidades de intercâmbio de cooperação entre os dois países.

Fonte: Secitece